"Três coisas agradam a todo o mundo: gentileza, frugalidade e humildade. Pois os gentis podem ser corajosos, os frugais podem ser liberais e os humildes podem ser condutores de homens."Texto Taoísta



sábado, 26 de janeiro de 2013

Os Medos Que Não Se Concretizam - pela amiga, Débora Peixoto.

 

Toda e qualquer emoção tem uma representação no cérebro, que é mediada por neurotransmissores, entre eles a noradrenalina, a serotonina e a dopamina.
A Fisiologia do Medo se inicia nas amígdalas (estruturas que nada têm a ver com as da garganta), que têm o formato de uma noz e ficam próximas à região das têmporas. Elas identificam uma situação ou objeto do qual se deve tomar cuidado e enviam ao hipotálamo o sinal para a produção dos neurotransmissores. A partir daí, começam as reações no organismo que nos deixam em estado de alerta para agir, enfrentando ou fugindo da situação. As amígdalas estão presentes na maioria dos animais. São elas, por exemplo, que fazem com que um cervo reconheça o perigo e fuja de seu predador. O que diferencia o homem dos outros animais é que ele é o único ser capaz de ter medo do medo. Isso acontece porque o homem é o único animal que consegue “imaginar”
(... texto adquirido)

Medo, segundo o dicionário é uma perturbação resultante da ideia de um perigo real ou aparente. Essa perturbação se revela sempre quando recebemos alguma notícia ruim, ou imaginamos algo ainda pior. Existe também, quando criamos expectativas em algo pensado, projetado, dependentes de nossas ações ou de fatores com os quais não podemos alterar influenciar ou mudar.
Somos surpreendidos a todo tempo pelas possibilidades de sentir medo que surgem no decorrer dos próprios desafios, propostos ao longo da nossa vida. Esse medo nos põe em estado de alerta que na maioria das vezes nos deixa em total inércia, alterando também algumas oportunidades de algo vir a se realizar. Não que isso não seja natural ou necessário a nós, visto que o medo também nos auxilia na busca do equilíbrio, sensatez e experiência em nosso crescimento emocional, psíquico, profissional e de ser pessoal.
A coragem não anula o medo... ela é a resistência, a boa administração do medo, nos conduzindo a conviver de maneira madura com ele como nosso aliado, não nosso inimigo...pois toda credibilidade em nós mesmos vem do reconhecimento e aceitação de quem somos e quem precisamos ser em determinadas situações que nos advém.
Infelizmente, toda essa “pré-ocupação” com o medo nos afasta da verdade que deveríamos nos ocupar diligentemente, de que, a maioria dos medos não se concretiza.
Eles nos perseguem, envolvem. Tira à paz, o apetite, o sono, o raciocínio lógico, afetam as emoções, bloqueiam nossas ações... Mas não se realizam. Porém, o que tal atitude diante dos medos produz de maior e talvez imutável, é a frustração em realizar e não realizar-se, além de afetar diretamente a autoestima.
Não é fácil deixar de sofrer antecipadamente... Não há técnicas para isso. Somos reféns mais das nossas emoções do que das nossas decisões. Entretanto, nossas emoções devem estar sob nós, isso sim, pode ser trabalhado para que nossas atitudes as controlem e não o contrário.
A maneira mais eficaz para que isso aconteça é permitir que a alegria pela realização do desejado ou o alívio e descanso de algo ruim não concretizado também sejam antecipados. Pois mesmo que não aconteça como desejamos, certamente estaremos de cabeça erguida por confrontarmos com persistência, determinação e confiança em nós mesmos, os desafios.
Use os medos a seu favor. Que eles sejam apenas incentivos para sabermos que somos capazes de irmos além de pequenas pontes.


Como disse Raul Seixas
"Queira!
Basta ser sincero
E desejar profundo
Você será capaz
De sacudir o mundo
Vai!
Tente outra vez..."


Débora Peixoto

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